segunda-feira, 29 de setembro de 2008

coincidências... será que isso existe? será que tudo na vida tem mesmo um propósito? será mesmo que essa parada de energia funciona?

nossa... qualquer dia, minha cabeça dá tilte!

terça-feira, 23 de setembro de 2008

ai sampa...




decidi fazer as pazes com são paulo...

decidi que não vou deixar o ar opressor daqui me oprimir mais... andando na paulista enquanto voltava pra casa domingo, vi uma beleza num canto da cidade, daquelas q vc passa todos os dias na frente, mas nunca têm olhos pra enxergar... e eu já andava pensando umas coisas...

sempre pensei que essa loucura é que entortava as pessoas... de fato, paulistano é tudo neurótico... egoísta... com uma visão muito restrita das coisas boas e simples da vida... e eu achava que isso era culpa da cidade... nesses dias, a relação causa-efeito começou a se inverter na minha cabeça...

tudo bem... muitas coisas estão se invertendo na minha cabeça ultimamente..

mas eu ando achando que são as pessoas que aqui vivem que acabam oprimindo a cidade... que ela até tenta se desvencilhar por outras veredas, mas acaba cedendo à neurose...
não sou assim... não me sinto condizendo com tudo isso e nem acho que isso tudo sirva pra mim... tô me sentindo como se vivesse sozinha num lugar onde todos têm valores opostos aos meus... decidi encarar são paulo como minha cúmplice... aliás, acho que se as coisas funcionam melhores assim pra mim... se preciso estabelecer relações profundas, e cumplicidade é um quesito importante nisso, quem sabe pensando nela assim, como vivendo opressões e angústias semelhantes, as coisas não ficam melhores pra nós duas...

então é isso... um brinde a mais uma relação reatada em minha vida!!

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

plano b

e se eu tirasse a supra-renal? parece menos drástico...



acho que menos eficiente também...

ah!!

parece que quanto mais eu penso, menos certezas eu encontro... acho que estou de bode de sentir...
será que é possível viver sem hipotálamo? ele é tão pequeno...





não quero mais lutar... nem fugir...

domingo, 21 de setembro de 2008

no momento, me parece bem plausível:

"a admiração começa onde acaba a compreensão".

8 ou 80

tenho 2 ex-namorados. um deles, mesmo quase 2 anos do fim, ainda se sente responsável pela minha (in)felicidade, e acha que assim é que tem que ser. o outro, decreta o fim por não querer se sentir responsável pela minha (in)felicidade, e após 2 meses, não consegue compreender minha relação com essas coisas.

não gosto de viver num mundo solitário, onde cada um é (ir)responsável somente por si. acredito que posso fazer isso... posso me responsabilizar somente por mim... mas não sei se quero condizer com o que não acredito... já o faço em algumas questões, e essas já me são mais que suficientes...

será que não existe um meio-termo? será que não posso ser por alguém e ter alguém por mim? por que isso me parece tão certo, e parece um engano tão brutal pros outros? alguém aí me empreste seus óculos, que eu tô cansada de não enxergar num mundo onde todos enxergam...
a necessidade de "buscar" tem me trazido umas sensações estranhas... o quanto eu agrido ou invado o direito alheio com isso? será mesmo que devo deixar as pessoas terem as impressões que quiserem ter a respeito das minhas atitudes ou de meus pensamentos? isso me traz uma perturbadora sensação de passionalidade... a cada dia quero me sentir mais responsável pelo rumo da minha vida, e com isso, quero mais é sofrer as consequências dos meus atos, sejam elas boas ou ruins... que eu possa me responsabilizar por isso, e corrigir meus erros... se todos cometemos erros, por que não podemos ter a chance de consertar? estou feliz por ter tido uma oportunidade dessas na sexta... estou feliz por ter certeza, agora, de que agi certo e que tive uma titude que trouxe bons frutos, boas sensações e um grande alívio... mesmo sabendo que grande parte das pessoas que amo não aprovam, fariam, ou se permitiriam...

ó dúvida cruel

não sei de onde vem essa minha necessidade de compartilhar... nossa! queria muito descobrir... talvez eu faça uma lista de prioridades a serem descobertas em mim mesma... fazer lista... isso não é coisa minha... o quanto dos outros a gente incorpora? o lado ruim disso é que, de fato, não incorporamos só coisas boas... se fosse... eu não reclamaria...
como discernir o que "sou" do que "estou"? o que é da minha natureza e o que eu adquiri? e, pensando no que sou, o quanto disso eu posso mudar? e se eu mudar, deixo de ser eu? me torno outra?

domingo, 14 de setembro de 2008

sabe quando uma pessoa consegue transmitir em palavras exatamente o que vc pensa a respeito de algo?

"ter um espaço pra pensar sobre si mesmo é legal, mas no fim, acho q a gente acaba se conhecendo mais e se transformando qdo estamos numa relação"

é paulinha... as vezes eu acho que só vc me entende...

quem diria...

não sei dizer a sensação que essa música tá me dando hj... sabe qdo vc sente a música dentro de vc... lá do fundo da alma... pra ouvir bem alto, no fone, como se tivessem cantando atrás de mim... e cantar mais alto que conseguir...

eu estava esperando, mas não consegui... definitivamente, hj, só pode ser essa:

jigsaw falling into place
(pra quem quiser, in raibowns, número 9)


just as you take my hand
just as you write my number down
just as the drinks arrive
just as they play your favourite song
as your blather disappears
no longer wound up like a spring
before you've had too much
come back and focus again

the walls abandon shape
you've got a cheshire cat grin
all blurring into one
this place is on a mission
before the night owl
before the animal noises
closed circuit cameras
before you're comatose

before you run away from me
before you're lost between the notes
the beat goes round and round
the beat goes on and on
i never really got there
i just pretended that I had
what's the point of instruments
words are a sawed off shotgun

come on and let it out
come on and let it out
come on and let it out
come on and let it out

before you run away from me
before you're lost between the notes
just as you take the mic
just as you dance, dance, dance

jigsaws falling into place
there is nothing to explain
regard each other as you pass
she looks back, you look back
not just once
not just twice
wish away the nightmare
wish away the nightmare
you've got a light you can feel it on your back
you've got a light you can feel it on your back

jigsaws falling into place
engraçado como as coisas vão acontecendo na vida... há 2 semanas eu estava num conflito interno tão grande, que mal estava conseguindo levantar da cama pra trabalhar... tava tudo me consumindo... parece que quando vc consegue se decidir (acreditem, isso é difícil pra mim!) e começar a se movimentar, as coisas começam a acontecer...
não sei se faz algum sentido pros outros, mas nesse momento, pra mim, tá fazendo... pensando nas aulas de inércia que dei na sexta, penso que isso realmente afeta tudo! newton foi o cara! se sua vida tá uma bosta, ela tenderá a ficar uma bosta... e parece que a cada dia, piora. mas se, sei lá pq vc consegue achar uma forcinha e se decidir por alguma coisa e conseguir esboçar uma reação, as tendências mudam. será?
muitas possibilidades se abrem agora... acho que a gente nunca sabe se elas são mesmo boas... e pra falar a verdade, tô apavorada! tá, tb não é novidade... quando que eu não tô? eu sempre tô! não tem problema... o que importa é começar as mudanças... e pra começar, eu sempre demoro... foram semanas de lágrimas e 4 kg a menos...
segunda quinta de faltas... terapia... decidi largar... duas conversas com os coordenadores... primeira quinta livre... uma conversa com o ranvaud, após vários e-mails... várias conversas com o gelson... e-mails... telefone... mais conversas... mãe... má... sangue... mininão... e mais... culminando numa conversa profissional com glenn em meio a tantas pessoalidades... que bom que foi assim!

saldo excepcionalmente positivo. tô me sentindo ótima. ótimamente apavorada.
um mundo de possibilidades... ainda bem que esse mundo dá voltas...

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

os tsurus e eu

lá estava eu, hj, com a cabeça na lua, correndo, voltando das aulas do cursinho. eram 16:45, eu estava no tucuruvi e devia estar na luz há 15 min! minha irmã, caipirona, me esperava na catraca.
eu pensava nela... pensava em como quase chorei ao contar pra turma da tarde de guarulhos que eu tava largando as aulas de quinta (como eu sou ridícula!)... pensava na saudade que eu sentia... eu tava longe dali...
quando dei por mim, vi um velhinho japa chacoalhar um tsuru... sabe o tsuru? aquele origami... um pasarrinho... simboliza uma porção de valores japoneses legais, como a longevidade, felicidade, fidelidade e boa sorte...



(tenho uma relação legal com o tsuru... logo que eu passei a conviver de perto com o ricardo, tinha lá meus 14 anos, eu me impressionava com o quanto que ele fazia esses origamis... dobrava enquanto fazia uma porção de outras coisas... falava, comia, fingia que assistia aula... eram de vários tamanhos... uns que eu mal enxergava... ele cortava um papel de tridente em 4 e fazia um tsuru!! e o tsuru acabou simbolizando também, pra mim, uma fase muito boa da minha adolescência)

pois é claro que eu saí da minha bolha e fui conversar com o velhinho... bem falante... começou a falar sobre o origami e perguntar sobre o que eu fazia... foi conversando comigo... e fazendo mais daquele... falando sobre estudos.. e contando sobre as reviravoltas da vida... aproveitava pra me dar uns conselhosinhos..desses que não fazem mal a ninguém...

engraçado como essas coisas acontecem... ele, de fato, falava assim, solto no ar, sobre coisas que estavam na minha cabeça, perambulando na minha mente... será que eu ando tão transparente assim? será que o velhinho japa sabe ler mentes? será que todo mundo sofre das mesmas aflições? acho essa última improvável... vai saber...
sr. jorge... desceu comigo na luz porque não terminou o segundo tsuru a tempo... disse que tudo bem pegar o próximo metrô, pois "tô vagabundo"... peguei os origamis, agradeci de coração, me despedi e corri pra encontrar a lene, num atraso de 20 min.

sei lá o que esses japas têm comigo... ou o que eu tenho com eles... talvez eu devesse ir pro japão um dia... quem sabe eu encontre alguma das coisas que procuro...

domingo, 7 de setembro de 2008

snoopy volte pra casa

"... por que não podemos reunir todas as pessoas que amamos no mundo e vivermos todas juntas? alguém vai embora... alguém sempre vai embora... aí temos que dizer adeus... e eu odeio dizer adeus..."



assisiti ao "snoopy volte pra casa" completo, pela primeira vez, no sábado de tarde. de fato, é um desenho muito sensível... e eu, como ando permanentemente em momentos sensíveis e com uma nova mania (a de estabelecer paralelos de tudo q vc possa imaginar com a minha vida), tive uma bela oportunidade de colocá-la em prática.

mais do que nunca, ando me sentindo como o charlie brown... ele é um cara legal, mas tem um pessimismo! (talvez tenham conseguido me convencer disso)... ele andava meio deprimido... numa crise existencial que parece não acabar... nesse desenho em especial, ele perde o sono pensando no fato do snoopy ter ido embora e por isso, mal consegue comer... é.. de fato... ando me sentindo como ele.

já o snoopy, apesar de gostar do charlie brown e dos seus amigos, resolve visitar sua antiga dona, lila, que não anda muito bem... ele gosta muito dela... sente saudades e eles se dão bem... acaba decidindo ficar com ela, mesmo sem muita certeza, e vai buscar suas coisas e se despedir de seus amigos e de charlie.

ora, o snoopy parece decidido até... mas triste por partir... faz as malas e deixa sua casa... chegando lá, encontra qualquer motivo para não ficar... decide voltar na primeira dificuldade que avista (no caso, um aviso de "proibido cachorros" no edifício): a vida da lila não é mais a mesma do que qdo eles viviam juntos... tem novos membros (um gato) e nova rotina. snoopy, acaba por se ver feliz em poder retornar ao charlie e a seus amigos.

claro que é recebido de braços abertos por todos, e o desenho acaba no maior clima de felicidade e bom-humor.
o snoopy é um bom cão... mas é bem sacana as vezes... e acaba divertindo por isso. claro que o paralelo não se restringe só a mim (e ao charlie), ele se estende, ainda, aos principais personagens da história (e da minha vida, no momento).

realmente, bem bonitinho... me trouxe algumas filosofias...
pena que não vivo num desenho animado...

07 de setembro

hoje é 07 de setembro.
domingo. feriado. uma linda e enorme bandeira brasileira veste o prédio da fiesp, na av. paulista. dia de patriotismo (!!)
aniversário não completado. com gosto amargo de coisas a fazer. de privações. de vontades sem possibilidades.

por que no 07 de setembro? motivos? alguns... conscientes? inconscientes? não sei... só sei que enrolei semanas... falo? não falo? pra quê? não sei... sei que foi de um jeito que eu quis qe fosse... largados no chão da sala... talvez por saber que muda tanto... como pode? é só uma palavra.... muda tanto assim? muda! por quê? não sei... pra mim... pra ele... só sei que muda... muitas coisas boas... muitas ruins...

por que no feriado? era o dia em que estávamos juntos. feriado... agora penso que a vantagem é a possibilidade de estar juntos em dias de aniversário... que ironia do destino... por que 07? fácil de matar...

é... nesse 07 de setembro, gostaria de declarar minha independência... ainda não dá... quem sabe pro ano que vem...

insensibilidade

as vezes, me impressiono com a minha capacidade de ser tão insensível...
não foi por mal... as vezes, me vejo tão enrolada em minhas proprias e tão profundas angústias, que não consigo ter jodo-de-cintura frente a situações inusitadas... e minhas primeiras reções, são as piores possíves... fiz o que tenho feito... me precipitei, me desesperei e chorei...

acabei com a felicidade dela... acabei com a novidade...

acho que minha família nnunca vai compreender o quão importa pra mim poder ir a um show... o quanto eu espero por isso.. o quanto iso me faz bem e me lava a alma...

sou uma grande azarada! tantos dias... tantos sábados... eu avisei sobre esse... lembro que avisei... e lembro agora, depoisde magoá-la...

tô me sendo uma bosta humana...

lene, me desculpa.

terça-feira, 2 de setembro de 2008

saudade das cadelas... nossa, elas nem imaginam o quanto...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

não sei.

por ser bióloga, eu deveria saber lidar melhor com a diversidade, certo? por que, então, é tão difícil? por que pode ser tão surpreendente a possibilidade de que as outras pessoas não sentem o mesmo que vc, perante valores ou situações que vc julga tão fundamentais? isso deveria ser mais fácil...

o engraçado é observar como as pessoas (e vc mesmo) age em situações de conflito... já mencionei aqui antes... deus, pra mim, é etólogo! e um cara bem sarcástico... engraçado como o sarcasmo se expressa de maneira diferente em diferentes pessoas... em uns, acho a melhor qualidade... em outros, o pior defeito...

acredito que agressão é uma coisa muito versátil... e, ultimamente, tenho presenciado cada vez mais maneiras diferentes de agredir alguém... mas o mais engraçado ainda, é perceber como uma coisa que pra vc é besteira, pode ser tão séria pra outro... e como uma coisa corriqueira pra outro, pode ser tão agressiva pra vc.

tenho sérios problemas de abstração... ignorar alguma coisa é tarefa impossível pra mim... eu tento.. tento... tento mais um pouco... não dá! não consigo ignorar um fato, um problema, uma situação... sendo ela boa ou ruim... e é impressionante como isso afeta meu temperamento... não consigo abstrair... não consigo esperar... não consigo ignorar...

eu sempre acho que as pessoas precisam agir... fazer, se mexer... buscar a resolução... e pra mim, a imensa maioria das coisas não são resolvidas sozinhas... e esperar, é tortura... empurrar com a barriga, é besteira... e ignorar é impossível...

o fato é que agressão, pra mim, é me negar a possibilidade de resolver uma situação... é me ignorar ou ignorar qualquer situação-conflito que me envolva... mesmo que eu não queira estar nela (afinal, quem é que quer?). isso é tirar minha paz... e as consequências, em mim, não costumam ser agradáveis... algumas vezes, elas ficam aqui dentro, e afetam somente a mim, outras vezes, elas jorram de dentro de mim sem que eu nem me dê conta... quando dou por mim, já foi... a merda está atirada ao ventilador e espalhada pra todo lado.

maldito sangue italiano! acho que a única coisa boa que isso me traz é ser apaixonada por molhos, azeites, oréganos e berinjelas...