esse blog é uma tentativa... provavelmente, a última.. ou quase... de entender e me fazer entender... de alcançar uma linguagem... de provar pra mim mesma que eu posso me desapegar, se assim eu escolher, mesmo que eu não goste da nova proposta, eu tento... e vou tentando e descartando o que não servir...
isso aqui é direto, direcionado e pessoal... não esperem nada.. eu nem espero que vá funcionar... mas "tentar" é o verbo da vez...
foi dia 10. foi muita bagunça e claro, chororô. dessa vez não teve jeito mesmo... perdi a moral na frente da molecada. a minha fama de mau foi abalada!
acabo de asistir, com o glenn, no cine belas artes.
é um documentário sobre o saramago e sua vida. seu processo criativo, seus pontos de vista e seu enorme amor por sua mulher. pilar é jornalista, espanhola, e presidentA da fundação josé saramago. além de seu amor, foi seu braço direito.
conhecer um pouco mais da pessoalidade desse homem imenso, só me fez admirá-lo ainda mais. nobel de literatura em 1998, faleceu bem doentinho aos 87 anos, em 18 de junho desse ano. de seus livros, li "as intermitências da morte" e me apaixonei.
fiquei com vontade de tornar a ler, diariamente, seu blog. "outros cadernos de saramago" não é mais atualizado por ele (ainda bem!), mas continua trazendo suas palavras.
o filme é bem bonito, e vale a pena!
ficha:
josé e pilar, 2010 (brasil, portugal e espanha)
de miguel gonçalves mendes, documentário
125min.
esse post tá com um mês e 2 dias de atraso. tá tudo assim pra pior!
mas o fê casou. 19 de nov de 2010. e eu fui madrinha.
foi simples... uma janta numa churrascaria aqui em sp. não teve cerimônia, mas teve o fê discursando. homenagenado os padrinhos. o suficiente pra fazer a gente desaguar e borrar a maquiagem na frente dos outros.
ele tava todo emocionado... engasgou ao falar do rod... ao falar de mim, do dudu e da freidi. a ana tava lá, toda sorridente, inteira e manteve a elegância enquanto a gente escondia a cara vermelha.
os noivos e os meninos
foi muito especial pra mim estar lá na frente, pertinho do fê em mais esse episódio da vida dele. obrigada ana e fê! que vcs tenham toda a felicidade que é possível.
nesse ano, retivemos 6 do 3o ano. todos com reprovações em mais de 4 matérias, e dentre elas, a minha.
reprovar um aluno é muito chato. e o desenrolar dessa história toda, me deixa novamente em crise com a educação.
4 dos 6 entraram com recurso. e um novo conselho foi convocado. as justificativas são impressionantes! recurso de aluno de 3o ano é quase sempre ganho, ainda mais quando o aluno já entrou em uma (qualquer) faculdade. uma coisa muito muito fácil hoje em dia.
somos acusados de impedir a continuidade dos estudos do aluno. mas isso me cria dúvidas estelares: se uma coisa vem depois da outra... se pra entrar na faculdade alguém precisa concluir o ensino médio, e pra finalizar o ensino médio alguém precisa provar que retém ao menos metado do conteúdo trabalhado durante esses 3 anos, como é possível um argumento desse? por que a média da escola é dada como 6,0 se, ao tirar 5,0 o aluno já é considerado aprovado? por que os argumentos usados pra reprová-los no 1o conselho perdem valor após o recurso? por que a gente volta atrás, dando mais força ainda pra esse monte de coisas estranhas?
tô longe de entender. mantive minha posição. mas fui minoria. dá mais trabalho, sabe? e no fim, vai ser derrubado com liminar, e os tais alunos estarão, de fato, aptos pra cursar uma faculdade.
a vida andava corrida. bem mais do que o meu despreparado físico aguenta. aqui em casa, tava tudo parado, tudo desleixado... passamos com saldo de 2 filmes na mostra internacional de cinema... mais de 1 mês sem andar na paulista pra ir ao reserva... a coisa andava brava!
com tanto cansaço, estava me espremendo pra guentar ir nos shows. e fui. mas nem consegui ficar até o fim do planeta terra e não acordei pra dar aula no dia seguinte ao show do paul. que papelão!
mas foi muito bom. nesses últimos 40 dias, eu aprendi tanta coisa! conheci tantos cães, e aprendi a prever tantas situações...
concluí minhas horas de acompanhamento, e agora, só falta terminar o treino com o sushi. logo menos, terei uma outra profissão. serei adestradora.
segunda começo um novo emprego, e agora, mídias sociais deixam de ser tempo perdido. tornam-se parte do meu ganha-pão. eu estarei também aqui.
saí daquela rotina improdutiva. que logo menos eu consiga as rédeas financeiras da minha vida novamente. a cultura, o slow, o corredor ecológico, os cães, e o colégio. são 5, e eu sou uma. gostar de muitas coisas seria um problema se ser biólogo fosse reconhecido, e eu tivesse que viver com um emprego só. mas eu não tenho. vamos ver até onde isso vai dar...
essa semana recebi um email do fê, onde ele chamava pra ver a banda dele - BR66 - tocar na inauguração de um bar - Estação Caneca, na Frei Caneca n. 384. O show começaria as 20:30 e teria um coquetel de inauguração.
no dia anterior, o fê defendeu o doutorado (afinal, "a Ana tem que se casar, no mínimo, com um doutor", haha) e eu não pude ir... nem pra defesa e nem pro churras. que bad!
não podia perder a banda e a chance de dar um beijo e abraço no fê. pois bem, a correria anda me vencendo, e eu cheguei lá quase 22h. achei que o pessoal nem estivesse mais alí, mas me enganei... o show nem havia começado.
um tempo e uma performance bem bizarra depois, com a casa cheia e alguns salgadinhos gelados (ok, não reclamarei da comida de grátis). a música começa.
surpresa de todos nós quando na 3a música (isso mesmo, 3a!), alguém traz um recado, e ao microfone, um aviso de que precisarão fazer uma pausa.
a polícia baixou, e o show durou 4 músicas.
mas me diz, um evento num dia de semana (5a feira), com umas 2 horas de atraso, com os instrumentos montados e prontos para o combinado. a galera mora longe... tem que trabalhar no dia seguinte... tem suas coisas pra resolver. e então, 4 músicas é o bastante.
é o fim, não?! um tremendo desrespeito!
e por isso, escrevo: acho mesmo que nosso papel enquanto consumidor precisa ser repensado. não é porque são serviços oferecidos gratuitamente, que devemos desencanar... eu nunca mais volto, e se depender de mim, fecha em 1 semana.
ps. é sempre bom ver vc tocar, fê! mesmo que só um pouquinho...
fui votar cedinho. e cedinho já fiquei esquisita... ao apertar o 13, pior do que a foto da dilma, é ver a foto do michel temer debaixo da dela.
vendo um pedacinho do debate na sexta, pensei em como eu queria que a dilma tivesse vencido no 1o turno, só pra eu não precisar votar nela. não dá pra saber qual dos 2 tem menos carisma. bem zuado.
foi logo hoje que fiquei sabendo de uma campanha muito legal que a galera da UnB (1B... 1B..) fez. coloco 2 vídeos, mas tem vários outros. olha aí:
e
e que esse careca sem vergonha tome mais uma na cabeça. e que dessa vez, pese mais do que bolinha de papel.
sempre me diceram que a escola não é nada além de uma representação da sociedade. e com isso, todos os problemas sociais/pessoais que temos, tem seu correspondente escolar.
e a gente vê muita coisa zoada... mas pra mim, o mais complicado é lidar com falta de ética.
pra quê se ajudar quando podemos escurraçar o outro pelas costas?
foi-se o tempo que ser professor era sinônimo de ter uma boa educação, boa índole, bom caráter...
e exemplo? não é bom ser coerente quando corrigimos nossos alunos pelas atrocidades que fazem uns com os outros? magina...
são todos valores passados.
e eu, como sempre, caio em armadilhas: minha indignação só me apronta!
claro que falei demais! claro que me irritei e me expressei como não devia.
no fim, saio me sentindo uma bosta humana, com a sensação de que devolvi na mesma moeda.
odeio meu sangue italiano! só aparece na hora que não deve.
bichos são muito legais. eles permeiam minha vida desde sempre. escolhi estudá-los na faculdade, e agora, escolhi trabalhar com eles.
tudo bem, ando mais botânica do que nunca... é que... na verdade, eu acho impossível separar plantas e animais. um tá misturado com o outro. é por isso que a ecologia é o grande deslumbre da biologia... junta tudo. não separa mais nada.
fotos bonitas de animais, tem um monte. eu mesma tenho um monte! mas decidi por uma foto dos meus animais favoritos. uma foto em família, na verdade.
rita, eu, lola (que não pára quieta!) e grenn
hoje é um dia de todos nós...
feliz dia dos animais!
demais!
ok go! é uma banda de dancinhas legais.
mas esse tá muito pró!!
quiça eu seja capaz de fazer um trampo assim... vários cães, vários comandos, uma tomada.
aperto no coração de ter perdido o show dessa sexta.
humpf!
passei por uma situação parecida essa semana.
fui toda feliz dar aulas com o meu adidas vermelho novinho (desses modelo all star, sabe?), já que o meu tênis véio e acabado que já estava verde (e era preto) junto com o meu pisar torto tinham sido motivo de pauta na aula de progressão parcial (vulgo dp).
pisei no 2oB e o bruno (o que levantou a pauta na semana anterior) mandou "olha a psora tá de tênis novo!!". eu tava. e logo alguém manda alí no meio, "esse tênis aí é de emo!!".
ai ai. ô visão de mundo restrita que tem aluno!
a programação do swu - aquele antigo woodstock - só melhora a cada dia! e pra vc ver que é verdade, eu colo aqui os principais:
- dia 09/12: rage against de machine, los hermanos, mutantes/ cidadão instigado, mallu magalhães;
- dia 10/12: kings of leon, dave matthews band, joss stone / otto;
- dia 11/12: pixies, queens of stone age, incubus, yo la tengo / cansei de ser sexy, mombojó, autoramas.
inevitavelmente, algum show vai acabar coincidindo. eu só espero que não seja pixies e cansei!
tem coisa mais ou menos e coisa ruim tb (linkin park!!), mas a gente abstrai no meio do resto.
o swu (de "starts with you") é um festival com embalagem verde. eu sinceramente espero que não seja só por fora, mas ando duvidando; sustentabilidade ambiental é indissociável da econômica e da social. e o precinho dos ingressos (tô toda endividada!) e a repetição da sacanagem mega do todo show (não deixar as pessoas entrarem com comida nem água), contribuem para que eu não consiga me iludir muito, apesar de querer.
sem contar com os patrocinadores (nestlé = transgênicos), que de sustentáveis não tem nada! sei não... tomara que eu esteja enganada e que esse festival cumpra com sua proposta.
enquanto isso, fuça no site deles que tá bonitão. ai setembro... acaba logo!
fiquei triste por isso.
faz 2 semanas. e o motivo é o mesmo que me impede de fazer tantas outras coisas que gosto. é $.
ela entendeu numa boa, mas resolveu tratar na minha última sessão, daquilo que nunca tratou diretamente antes. acho que ela tava sondando...
o eterno "buraco do nunca tá bom".
isso já é queixa antiga... desde muito tempo antes de fazer terapia... e pq nunca tratei disso?
é minha sina. meu eterno descontentamento.
não sei de onde vem, mas sei que já faz tempo. como uma boa psicanalista, ¨o quê da sua infância te remete a esse sentimento?"
quiçá um dia eu descubra...
nesse ano eu vi muitos filmes. o catraca livre e o clube do professor foram os grande responsáveis por isso. mas eu ando meio atrapalhada, e acabei não escrevendo sobre eles. resolvi postar quais foram, sem muitos comentários. meio que pra documentar mesmo. aí vai:
adoro quando máscaras caem!!
fala a verdade... tem coisa mais legal do que quando aquele machão, metido a gostoso, cheio de se gabar se mostra, na verdade, um covarde, medroso? não tem, né!
o oportunismo é uma adaptação interessante.
bem feito! o que tomou foi pouco!
o que mais gosto nos filmes do tarantino é a sensação que fico quando o filme acaba.
a vida não é justa... mas nos filmes, tudo pode ser do nosso jeito...
a paisagem mais comum durante minha semana: um toco num guapuruvu
(que não é de cerrado, mas de mata atlântica) - cbmm
a semana passada foi sensacional!
glenn e eu fomos pra casa do rod, em araxá (mg).
o rod nos descolou um estágio na empresa em que ele trabalha, e com esse alivia-consciência, pensamos que ficaríamos lá por 2 semanas.
é engraçado... fazia tempo que eu ensaiava ir, mas a cabeça da gente é muito maluca. eu tô meio desempregada. e de férias do pouco trabalho que tenho. mesmo assim, tem a responsabilidade da busca pelo emprego. dos auxílios nos projetos do slow... se não fosse com um "trabalhinho" pra realizar por lá,
eu acabaria não indo. que bom que fomos!
bom foi estar de volta ao cerrado. óquei. tem cerrado aqui em sp. mas o cerrado daqui é meio intermediário... é diferente. quando fui pro cerrado em 2003, na chapada dos veadeiros, eu me apaixonei. e é divertido perceber como a gente esquece das impressões, mesmo daquelas coisas que gosta. eu lembrava que amava o cerrado, mas a gente perde os detalhes... ainda mais quem tem cabeça ruim, como eu. dessa vez, conheci árvores incríveis, e revi outras que já fazem parte do meu repertório.
lobeira, paixão desde 2003.
e o mais legal, ver como plantas corriqueiras ficam diferentes em outro bioma; as paineiras ficam ainda maiores, e com frutos imensos! com espinhos na casca somente quando novas. e as primaveras, então? elas ficam árvores! completamente carregadas de flores!
primavera mineiras - barreiro
os mineiros são muito hospitaleiros, e falam de um jeitinho sem igual. a gente ri por demais! e quando ocê menos espera, cê tá falando que nem eles... assim mes... comeno as sílabas... nuh!!
conheci pessoas bem legais, como o léo, que guentou minhas trapalhadas na cozinha, e a gente polemizando a todo momento.
é... eles não poderiam entrar no horizonte perdido.
minas é complicado pra comida! onde vc vai vc come feito um porco... não é à toa que o rod tá viciadão e corre mais que o papa-léguas todo dia. cada queijo bom! cada doce delicioso! ambrozia, orelinhas de goiaba, ameixinha de queijo, tronquinho... e comida pesada... pena que eu não fotografei o famoso torresmo molhado. nunca vi mais gordo!
mas eu saí de lá devendo... o rod tava doido pra levar a gente pra uns programas "ecoaventura", mas minha pouca grana e o meu vergonhoso condicionamento físico não permitiram... no fim das contas, acabamos indo até o "horizonte perdido" de carro mesmo... aposto que foi bem mais sem graça do que ir de bicicleta. o caminho é lindo, a vegetação vai mudando até que fica quase cinza... bem diferente. e a visão é impagável... muito bonito! pena que eu fico com as pernas bambas e não consigo ficar muito alí na ponta.
a foto não dá conta da realidade...
a aventura foi pouca, mas demos conta do eco... acho...
alí mesmo, no condomínio... do ladinho de casa...
meninos na mangueira
mas o bom mesmo foi passar esses dias com o rod. e pra matar mesmo a saudade, fechamos a nossa estada em araxá sentados na grama cantando e tocando violão. algo que faz parte da nossa amizade desde sempre. desde que a gente tinha uns 13 anos. que bom que algumas coisas nunca mudam.
chegando em sampa as 6:30h da segunda, encontramos a marginal cheia, o céu completamente cinza, frio, e pra carimbar o passaporte de paulistana, o tietê cheião!
que que eu tô fazendo aqui, meu deus?!?
ô vidão!
acho que eu preciso sair do mofo poluído da capital pra ir morar no cerrado!
Acho que todos nós devemos repensar o que andamos aqui a fazer. Bom é que nos divirtamos, que vamos à praia, à festa, ao futebol, esta vida são dois dias, quem vier atrás que feche a porta – mas se não nos decidirmos a olhar o mundo gravemente, com olhos severos e avaliadores, o mais certo é termos apenas um dia para viver, o mais certo é deixarmos a porta aberta para um vazio infinito de morte, escuridão e malogro."
“Cada vez mais sós”, in Deste Mundo e do Outro, Ed. Caminho, 7.ª ed., p. 216 (Selecção de Diego Mesa)
"Mutirão (termo de origem tupi de etimologia obscura) é o nome dado no Brasil a mobilizações coletivas para lograr um fim, baseando-se na ajuda mútua prestada gratuitamente. É uma expressão usada originalmente para o trabalho no campo ou na construção civil de casas populares, em que todos são beneficiários e, concomitantemente, prestam auxílio, num sistema de rodízio.
Atualmente, por extensão de sentido, "mutirão" pode designar qualquer iniciativa coletiva para a execução de um serviço não remunerado, como um mutirão para a pintura da escola do bairro, limpeza de um parque e outros."
catarine, ian, miguel e eu rebocando a parede do baheiro seco
essa é a definição que eu encontrei na wikipédia (já que tem que ser assinante uol pra acessar o houaiss).
foi exatamente isso que fui fazer no final de semana, dias 12 e 13. tudo começou com um convite do adolfo, que tb é slow, e com quem andávamos manifestando nosso interesse por questões ligadas à permacultura. topamos.
topei com ressalvas... já que as minhas obrigações pro final de semana eram muitas. dormi 2 horas da sexta pro sábado, e o frio as 6 da manhã não estava pra brincadeira. por mim, claramente mal-humorada com sono e frio, teriamos desistido. mas o glenn pulou da cama e não me deu nem chance de abrir a boca. ainda bem!
encontramos o adolfo. conhecemos sua casa, suas crianças e o creme de abacate sem igual da tomi. fomos ao sítio debaixo de garoa. encontramos a galera, e logo começaram as atividades.
apresentação dos afazeres... terminar os projetos iniciados durante os cursos que ocorreram no sítio: filtro de água com o gui e banheiro seco (algo muito parecido com isso aqui) com o chico (procure por francisco lima aqui). escolhemos os grupos... pra matar minha vontade de ver a biosconstrução de perto, escolhi o banheiro. e isso sim, foi uma verdadeira quebra de paradigmas.
glenn olhando a galera fazer o trabalho mais detestado: lavar pedras pro filto.
aprendi que pau-a-pique é o máximo. que existem vários tipos de acababento... que a cor da terra deixa a construção linda, e que usando areia fina e argila, dá pra fazer até textura na parede! peneirei terra e areia, mexi no cal, fiz massa, e reboquei várias paredes e várias delas duas vezes. outras, até três!
baita lavoro
pau-a-pique só abriga barbeiro se não der o acabamento necessário. NUNCA MAIS na vida terei coragem de dizer que prevenção de doença de chagas se faz construindo casa de alvenaria. além de anti-ecológico, é irreal! burrice recomendar isso pra comunidades menos abastadas.
não deu pra ver o banheiro funcionar... ainda falta bastante. mas já deu pra ver como faz ferrocimento. quanto dá trabalho picaretar o solo. e como é possível aliar conhecimento técnico com ideais.
nesse final de semana, eu dei vazão pra uma coisa que busco há muito tempo. vi que tem várias pessoas que sonham... e que dá pra sonhar, dá pra viver desse sonho. que a gente não precisa se anular o tempo todo e ter que se adequar a uma vida que não concorda. e olha, tinha gente de todo jeito... arquiteto, administrador, educador, engenheiro, cineasta, e claro, biólogos e ecólogos. pessoas que estão lutando e buscando maneiras mais sustentáveis de viver. alternativas mais justas de se relacionar com as pessoas e com o ambiente.
nesse fim de semana, vi como a bicho-grilice se alia incrivelmente com a técnica. o quanto as pessoas podem fazer quando estão motivadas... quando estão dispostas a cooperar e a compartilhar.
nesse fim de semana eu me senti útil. me senti imersa no meu sonho. e descobri que ele é coletivo.
ps.valeu pelas fotos, mili!. clique para ver o resto.
segunda-feira, 14 de junho de 2010
eu não sei o que acontece... não sei se espero demais dos outros ou se realmente sou muito imbecil pra aceitar que as coisas mudam com o tempo...
quiçá um dia eu consiga romper laços que foram grandes... assim, sem dó. sem remorso.
tratar na mesma moeda que sou tratada.
oxalá eu consiga...
foi ontem...
e pra não passar batido, vai um desenho tirado do mentirinhas.
é... não tem como negar... o caco é o meu favorito!
e se vc quiser saber porque não há o que comemorar, clique aqui e veja as feridas que o sakamoto cutuca... aproveite e fuce em outros textos... todos eles valem a pena!
nesse ano, a virada foi boa. como sempre.
fiquei muito feliz por ter aqui em casa, os meus amores de virada (lalá, cazuza e iéti, mesmo que representado por suas coisas e pelo pablo, seu irmão), como todo ano. mas esse ano, tive outro amor aqui em casa... um que sempre tentamos convencer a vir, e que dessa vez, veio. é sanguito, é de vc mesmo que eu tô falando:
eu, cazuzinha e sanguito
nesse ano, computei 8 corpos jogados pela casa no domingo de manhã. e a cíntia, que é esperta, zarpou pra casa do mário pra não viver na bagunça que tava essa casa.
lá no centro, a bagunça foi compartilhada com outros amores antigos de virada:
meu amor mor
a latinha, jo, rafa fi, rafa goiaba, eu, má (com a mandíbula fraturada) e le
com alguns mais recentes:
isa, teca eu e thales (cadê o tebaldi?)
a virada é um evento que eu aguardo ansiosamente todo ano. já é a quarta que eu tô aqui em sp, e a vivo durante o fim de semana. e como não? vejo grandes amigos que encontro cada vez menos, tem shows pra todo lugar que eu me virar, e tem o centro de noite... como o centro é lindo! é um crime o descuido com que é tratado.
nesse ano, meu roteiro foi:
alguns dos velinhos do buena vista social clube (palco júlio prestes)
um belo passeio pelo anhangabaú
mothers of invention - banda que um dia foi do zappa (palco do rock, na são joão)
the big brothers - banda que um dia foi da janis joplin (palco do rock)
baile do simonal (palco do samba, na praça da república) ** pq tiraram o palco do rock daqui??
céu (palco júlio prestes)
tentativa frustrada de ver a elza soares, vendo um pedaço do sandália de prata (palco do samba)
umas horinhas de sono e no domingo:
toquinho (palco júlio prestes)
toquinho e sua bela "regra 3"- por favor, desconsiderem as cabeças...
outro belo passeio pelo anhangabaú
passagem pelo piano na praça, sem ver nenhuma apresntação sequer
arnaldo antunes (palco do rock)
passagem rápida pelo palco do reggae (vixi!)
mallu magalhães (palco independentes, luz)
cantoria (palco júlio prestes)
meu dia acabou acabada, suja e abalada pelos horrores do abandono aos moradores de rua do centro... assunto pra um post solo, logo menos.
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